Ao longo de distintas conjunturas políticas na década de 1880, o Jornal do Commercio mobilizou as retóricas da prudência, da ameaça e da dádiva, visando manter sob controle o emancipacionismo gradualista. A suposta defesa de "interesses nacionais" era vendida aos leitores através de sua retórica da neutralidade, se declarando um jornal sem partido.

No entanto, o periódico não se pautava em uma suposta razão nacional, mas, isto sim, em uma razão econômica, considerando o abolicionismo e sua razão social uma ameaça à nação. Todavia, o Jornal do Commercio não era, de fato, um jornal partidário. Não se deve concluir dessa afirmação, entretanto, que ele era um periódico que não tomava partido. Muito pelo contrário, o Jornal do Commercio tomava partido: o partido da situação e da conservação, ou seja, era um periódico situacionista e conservador.

Nas batalhas políticas da abolição, o Jornal do Commercio falava em nome da ordem.