Série de ensaios sobre a difusão e a função social da escrita desde o final do século XV até a Época Contemporânea. Após vários capítulos dedicados à História da Cultura Escrita como disciplina científica e as chamadas escritas populares, os demais compõem um conjunto de abordagens direcionadas às diferentes práticas e objetos escritos. De um lado, analisam-se as escritas pessoais por meio do desenvolvimento da correspondência, das marcas dos sentimentos na produção epistolar, das autobiografias espirituais ou dos livros de memórias.

Outro conjunto de trabalhos se ocupa da necessidade de escrever proporcionada pelo isolamento forçado, seja nas cadeias inquisitoriais dos séculos XVI e XVII, seja nas prisões da Ditadura franquista. Na parte final, são os muros que tomam a palavra para mostrar a riqueza comunicativa do espaço público através do tempo, em um percurso que transita pela escrita como forma de propaganda, de publicidade e de contestação política e social.

O conteúdo remete principalmente ao âmbito hispânico, mas alguns capítulos abrangem outros países, e todos apresentam uma perspectiva comparada. São colocados em destaque os vínculos entre a atividade escritora e as respectivas sociedades, o tempo que se visibilizam e se recuperam as palavras de protagonistas anônimos, de mulheres e homens frequentemente esquecidos em muitos livros de História.