Diagnosticado como doente mental e internado na colônia Juliano Moreira, ao longo de 50 anos, Arthur Bispo do Rosário criou em fio azul e na acumulação de objetos um acervo artístico com mais de 800 peças, por meio das quais procurou cumprir sua missão divina: catalogar o mundo, separando os homens bons dos maus.

Neste livro, Alda Figueiredo analisa o caráter sagrado desse artista-missionário, cuja obra visa ao reencantamento do mundo, promovendo a ligação entre o céu e a terra em diálogo com o Eterno. 

Assentada nas peças "Manto da apresentação", no estandarte "Eu preciso destas palavras - Escrita" e sobre o fardão "Eu vi Jesus", a reflexão proposta dialoga com as teorias de Bauman, Hegel, William James e Foucault.